quinta-feira, 25 de março de 2010

"se todos soubessem como é meu coração,
ao me verem sorrir chorariam comigo"

segunda-feira, 22 de março de 2010

" *Sei, que a tua solidão me dói
E que é difícil ser feliz
Mais do que somos todos nós
Você supõe o céu
Sei, que o vento que entortou a flor
Passou também por nosso lar
E foi você quem desviou
Com golpes de pincel

*mas é bom te ver sorrir[...]"

PoR: Mariana Carvalho Ç2

sexta-feira, 19 de março de 2010

Apenas mais um conto de Carnaval

Era quase dia, a luz penetrava as persianas do meu quarto, incomodando sutilmente os meus olhos. Meus cabelos podiam sentir a brisa que me deixava leve. Os meus braços espreguiçavam todo o meu corpo numa espécie de dança. Ouvi uma voz doce que me convidou a levantar e viver o meu Carnaval. De imediato, me pus em pé e segui para tomar um bom banho. Meu Carnaval estaria a menos de duas horas de mim.

Viajamos naquele silêncio oportuno de uma viagem comum. Eu ouvia boa música e sentia o vento em meu rosto. Eu era a pessoa mais feliz do mundo e sabia disso. Aquela situação me deixava irrevogavelmente despreocupada. Os problemas eram como o próprio ar, apenas problemas. Carnaval sem esquecimento não é Carnaval.

Estávamos indo rumo a uma fazenda que me agradava muito. Um lugar doce, que me fazia lembrar o tempo em que eu era criança, como num filme. O clima úmido lembrava um vinhedo na primavera. O barulho do vento chacoalhando as folhas das árvores era como música. O galopar dos cavalos se juntava ao chacoalhar das folhas fazendo uma percussão curiosa. O ruído da água batendo nas pedras era a bateria. Carnaval sem música não é Carnaval.

Amanheceu. Era frio e o sereno era incessante. A pálpebra estava fechada; a íris amarela não brilhava. Saí para acompanhar a ordenha às sete horas da manhã. Depois de tirar leite de uma vaca malhada, me sentei embaixo de uma árvore e vivi uma sensação única. Cada gole de leite me fazia lembrar a infância distante. Uma garotinha correndo na grama macia fazia com que eu mesma me visse.

Perdida no tempo e em minhas memórias, eu não percebi que havia outra pessoa sentada a meu lado. Era um rapaz de aparência normal aos olhos humanos. Ele me olhou por dentro, como se soubesse o que eu estava pensando e me disse algo que estava dentro de mim:

- Carnaval sem lembranças não é Carnaval, certo?

Percebi que eu não era a única a ver a essência das coisas. Havia mais alguém que se importasse com as mesmas coisas que eu. Ficamos em silêncio por uma eternidade até que ele fez mais uma pergunta:

- Você vai ao baile de Carnaval hoje à noite? Todos os hóspedes estão animados.

Perguntei-me se ele também deveria saber que odeio festas desse tipo.

Chegou o luar. A noite era incrível. As estrelas estavam brilhantemente tatuadas na negra imensidão. Olhando da janela do meu quarto, a decoração da festa era bonita. A música alta era inevitável. Não vi outra solução senão a de me arrumar.

Minha mãe havia insistido para que eu levasse a minha fantasia do Carnaval passado. Um vestido vermelho e uma flor que me faziam parecer uma latina em apuros. Vesti-me e deixei que a mulher mais bonita do mundo me penteasse. Ela me tocava como se eu fosse uma bonequinha nova. Ela mantinha um rosto satisfeito, como se estivesse orgulhosa de mim. Virei-me para o espelho quando ela anunciou que havia acabado. Fiquei surpresa com o resultado. Sentia-me, com certeza, uma latina em apuros, mas me sentia linda como uma rosa vermelha nas mãos de uma florista maravilhosa.

Assim que pude me sentar (tive que cumprimentar a quase todos com um sorriso amarelo), olhei em minha volta. Todos estavam cheios daquela alegria passageira que parecia não ter fim. Dançavam como se aquilo tudo fosse eterno. Para mim era só um momento de sonho. Tudo se acabaria na quarta-feira.

Repentinamente, minhas ideias quase conscientes foram cortadas e interrompidas por duas mãos que fechavam meus olhos e me conduziam até o jardim. Quando abri os olhos, só via uma boca. Uma máscara cobria quase todo o rosto daquela figura masculina. Ele tirou uma linda rosa cor de vinho de um dos bolsos do paletó e a trouxe até o meu rosto. Enquanto eu sentia minha cabeça girando, ele chegou mais perto e sussurrou em minha orelha:

- Carnaval sem rosas não é Carnaval.

Por: Rafaella Panceri.


--Luiz leia com o coração... foi o que a Panceri disse para mim.

Eu postei (apesar de já ter passado o carnaval) porque eu achei o texto simplesmente incrível, e com uma narrativa fantástica.

A Panceri tem um alto potencial e uma maneira de vê o mundo bem peculiar que me chama muito a atenção.

Deus jogou um balde de talentos nela guando à criou,além de escrever, ela possui Don para o canto(uma voz linda por sinal “divina”) essa menina é simplesmente incrível

Desejo todo sucesso do mundo pra ela e para todos nós.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Para lá da cortina além da porta errada silencioso e só esta sentado e lê num livro velho a sua própria historia.

Leib Absalom um senhor de 65 anos magro, alto, da pele bem clara e enrugada, o seus olhos são azuis e fundos, coluna corcunda e dono de passos pequenos, estava em um lugar que exatamente uns 35 anos atrás fora a ultima vez que pisava ali, ele achou tudo tão mudado, tudo tão abandonado ele tinha a impressão que não deveria estar ali.

Era uma casa muito antiga e muito grande com um enorme corredor, a sala nada convidativa foi a primeira que ele entrou, uns feixes de luz que escapava de uma enorme cortina velha e rascada e o que estava fazendo a iluminação da sala, a sala estava fazia o único som que se ouvia ali era o som da sua própria respiração, ele observa tudo calmamente e nota-se ao longe uma escrivania e uma poltrona empoeirada, indo em direção da escrivania seus passos ecoava e sua respiração fica cada vez mais forte, notou-se então que havia um livro preto e grosso em cima da escrivania e tomou então a liberdade de sentar na poltrona e abrir o livro, o mesmo possuía vários recortes de jornais velhos pregado com uma pequena porção de adesivo , ele folheava calmamente cada pagina empoeirada do livro, ate que a curiosidade falou mais alto ,e Leib Absalom parou pra ler um daqueles trechos...

“Depois de dois anos vivendo nos campos de concentração Leib Absalom foi um dos poucos sobreviventes do Holocausto...”

Ele ficou surpreso pois aquele texto narrava a historia que ele conhecia, ele voltou pras letras miúdas e as pagina suja pra ler mais o texto.

“Liberto pelo exercito vermelho, com 27 anos pesando apenas 28 quilos e possuidor da doença tuberculose, passou dois anos de sua vida em hospitais americanos na Alemanha, e conseguiu se curar, ele relatou ser um milagre pois não existe cura para tuberculose...”

Ele parou então de ler e se emocionou com o texto, ele não tinha conhecimento do por que ali possuía um texto narrando sua historia,

E então passou um filme em sua mente de tudo o que ele viveu ate ali, e teve certeza de uma coisa, que a sua vida foi um milagre dês do inicio...


P.s Para lá da cortina além da porta errada silencioso e só esta sentado e lê num livro velho a sua própria historia. Manuel castro

O meu texto foi construído com base do texto de Manuel Castro, foi uma atividade que eu tive que fazer para a matéria de português, o texto é bem simples, mais eu pretendo aprofundar nele em um futuro ai próximo. rs.