Traumas de um ALUNO! =X

Eu só queria saber o que eu fiz!!!

 Cadê o tuniquinho da mamãe?

*6ª Serie (Pior mico) Cheguei na escola na metade do 1º bimestre, turma nova, professores novos, até o meu lugar de sentar era novo- passei a me sentar na ultima carteira da segunda fileira da esquerda para a direita bem em frete à porta...

Aula de matemática...

Minha mãe tinha ido à escola para resolver uns assuntos da transferência. Ela quis conhecer a escola e os professores, foi até a minha sala para me dar um recado, a porta estava fechada, e então se ouviram três toc-toc's; o professor foi abrir a porta, como de costume, nenhum dos dois sabia que quem estaria ali seria minha mãe. Ela entrou, sem ser convidada, ficou em pé em frente à porta e perguntou:

–Cadê meu filho? –eu gelei e não respondi, pois todos estavam muito surpresos com aquela mãe que gritava com um sorriso na cara
– CADÊ MEUFILHO?                                     
-Quem é seu filho, dona?
perguntou o professor.                                                          
–É meu Tuniquinho! 
Cadê meu tuniquinho?                                                                   
Foi quando todos começaram a rir, inclusive o professor, e se perguntavam "quem é Tuniquinho"? 
Aos poucos eu fui me abaixando na carteira, juro que não queria ser reconhecido!           Mas minha mãe não desistia e continuava a perguntar:                                                

–Cadê meu tuniquinho?

Eu não queria levantar, seria o maior mico, se todos descobrissem que EU era o tal "Tuniquinho"; eu mal tinha chegado à escola, e já sabia que seria zoado até morte.

Até que minha mãe me viu, lá na ultima carteira da segunda fileira bem em frente à mesma porta a qual ela estava em pé. Eu, nesse ponto, já estava todo corcunda e mais vermelho que um pimentão.                                                                                                   
–Ali ele, está ali- ela aponta.                                                                                 
Minha cara foi ao chão, podia ouvir os risos de toda a turma. Tomei coragem e fui tremendo, morrendo de vergonha até a porta; chegando à minha mãe, levei-a pra fora da sala, fechei a porta,  
e no meu papel de filho dei-lhe uma bronca:

-MÃE?

Porque você fez isso comigo?

Você me odeia, é isso?

Agora eu vou ser zuado até a morte!

Mãe, você nunca me chamou de "Tuniquinho", por que logo hoje, em plena sala de aula você faz isso comigo?

Ela ria, e simplesmente me disse o seguinte:

–Eles vão esquecer, só vão lembrar essa semana.

Conclusão: até hoje sou conhecido por Tuniquinho pelo pessoal daquela escola. =/

Me contendo com o ZERO!

*8ª serie.  Mais uma vez eu cheguei no meio do 1º bimestre (estava viajando e faltei um mês e meio de aula), só que dessa vez eu tinha me mudado de cidade, turma nova, professores novos, CIDADE NOVA... Não conhecia ninguém! =X

            Aula de inglês...     

            A professora estava fazendo a avaliação social, ela perguntava para cada aluno quanto eles achavam que mereciam, perguntou para todos os alunos e em enquanto não chegava minha vez eu pensava no quanto merecia de ponto social (eu tinha acabado de chegar à escola)...   =X

            Enfim chegou minha vez:

            ­–LUIZ ANTÔNIO FELIPE... De zero à dois quanto você acha que merece de ponto social?

            C­om muito medo respondi: ­

            –0,5- ainda achando que merecia menos.

            ­–Por quê?

            Eu não sabia o que responder... Deu-me uma pane na hora, tinha acabado de chegar e ela vem com uma bomba dessas!

            ­–Eu cheguei agora na escola...- fui interrompido.

            ­–Mas você já estava matriculado desde o início do bimestre!

            ­–É por que eu estava viajando!

            ­–Ah, VIAJANDO?

            Gelei e pensei "agora ferrou tudo"...

            ­–Pode me dar zero professora!

            ­–Mas por quê? Você é um bom aluno- também como não seria? Era minha primeira aula com ela- Você acha mesmo que merece zero?

            ­–Merecer, eu não mereço não, mas eu não tenho nada no caderno, não tenho nem amigos aqui na sala!!       

            O clima ficava cada vez mais tenso na sala, eu não estava entendendo por que ela me perguntou quanto eu merecia e depois ficou dando palpite em minha opinião.

            ­–Então pense comigo- disse ela- você não conversa, é quietinho- ela não tinha como saber sobre meu comportamento, aquela era a primeira vez em que colocava os pés na sala- você acha mesmo que merece zero?

            ­–Essa é a nota menor que você pode dar, não é? Então eu me contendo com o zero.

            ­–Tem certeza? Ela deu uma piscadinha.

            ­–Sim, pode me dar zero...

            Eu achei aquilo tudo que aconteceu uma palhaçada, eu estava suando frio e meus batimentos cardíacos estavam mais acelerados...

            No final das contas acabei ficando com dois pontos, a nota máxima.

            Tá ai uma coisa que eu não entendi, então pra que a professora fez eu passar por tudo aquilo ?  PALHAÇADA...  =/

O Grande masturbador

 Ainda na oitava serie, já tinha feito minhas amizades...

            Aula de artes...

            Aula sobre Surrealismo!

            Amo artes, amo surrealismo, eu achava que iria me dar muito bem naquele bimestre em artes.(só achava)

            Eu estava todo atento à aula...

            A professora começou a falar de Salvador Dali, só que ela estava acabando com a moral dele, e eu não gostei, poxa, sou fã dele...

            –Ele era um louco, um maníaco, um tarado!

            –Porque ele é um tarado? É por causa do quadro “O grande masturbador”?

            A professora ficou louca!

            –Se você gosta de se masturbar, vai falar dessas nojeiras lá fora, e vai fazer isso lá no banheiro da sua casa, ou se a sua vontade for muito grande, vai aqui mesmo no banheiro da escola!!!

            “Caramba, mulher louca", eu pensei na hora, fiquei vermelho igual a um pimentão, e todos na sala começaram a rir!

            –Mas professora, "O grande masturbador" não é uma obra de Salvador Dali?

            –Sim mas você não precisava ficar de lascívia!

            Mulher louca, ela sim que era uma maníaca e uma tarada, eu só fiz uma pergunta e ela veio com sete pedras na mão, eu nem falei com aquela intenção. JURO!

Vai para direção! 

            Essa sem dúvida foi a pior palhaçada que já aconteceu comigo, sem ter feito nada!
            Terceiro ano, este  ano, há um mês atrás.
            Aula de História...
            O nosso professor que tem uma monocelha e um óculos de uma só perna.
            Primeira coisa que ele disse ao entrar na sala:
            – Gostaria que ninguém risse do meu óculos, porque eu prefiro assim, com uma perna só!
            Todos riram.
            – Não é porque eu tenho duas mulheres e uma tem 29 anos.

            Detalhe: ele é um velho muito sem noção que está e beira de um delírio
            – Vamos fazer a chamadinha- ele fala com a gente como se falasse com crianças.
            Ele falou o nome completo de cada aluno, levou quase uma aula para terminar a chamada (olha aí o uso da hipérbole), todos os alunos estavam inquietos, ninguém estava prestando atenção no que ele falava...
            – Não, é porque eu acho que deveria ter um playground na escola, para os alunos que não querem assistir a aula irem brincar lá!

            Detalhe: estamos terminando o ensino médio.
            Então ele começou a dar aula... Proclamação da República.
            – ... um tal Marechal...
            Ninguém estava prestando atenção,  e eu achei muito ridícula  a rima dele e repeti o que ele disse para um amigo... e depois eu ri!
            Aí deu a louca nele! Eu pude ver seu olhar maligno com aquele óculo de uma perna só.
            – Você, aluno, vai pra direção! Você está atrapalhando minha aula!
            Não entendi nada; eu estava quieto o tempo todo, só fiz um comentário sem futuro, que nem foi pra ele.  Ainda por cima eu falei tão baixo que nem meu amigo entendeu o que eu disse.
            – Eu, porque? Não fiz nada!
            – Você está atrapalhando minha aula!
            –O senhor está bem?- o.O- Eu não fiz nada! Me diga o que eu fiz?
            –Você está atrapalhando minha aula!
            –Sim, essa parte eu entendi! Agora eu quero realmente saber o que eu fiz para atrapalhar sua aula!
            Ninguém entendia nada, todos estavam rindo, inclusive eu- pois aquela situação era muito engraçada-, e isso o deixou mais nervoso!
            –Você está fazendo comentário contrário à aula!
            –Você me ouviu disser algo?
            –Não ouvi, mas sei!
            –Se você sabe, então me diga, o que eu disse de tão grave que atrapalhou sua aula?
            –Eu não quero discutir, aluno, vai pra direção!
            –Não, eu não vou para direção!
            –Você não vai não? Então eu vou!
            Ele saiu de sala e em menos de 30 segundos voltou:
            –Não, então já que você quer assistir a aula, pode ficar aí!
            Todos ficaram sem entender. “Oxxxi???”, todos pensavam.
            –Mas você escolhe, presta atenção à aula ou vai pra direção.
            –Pode continuar sua aula!
            –Vai pra direção!!!  

            O.o
            Ninguém entendeu nada, novamente.
            –Não, eu não vou pra direção!
            –Ah, não vai não? Então quem vai sou eu!
            O.o
            No final, eu não fui para direção; não havia motivos para o mesmo.
            Porém eu tive que ir à sala dos professores pedir desculpas para ele!
            E eu perguntei pro coordenador, se o professor tinha usado algum tipo de droga, se ele estava à beira de uma separação conjugal, se era inicio de depressão, ou coisa do tipo...
            Conclusão: eu tive que pedir desculpas para o louco, para somente assim ele voltar a dar aula para minha turma.

  ¬¬' (eu nem queria que ele voltasse)